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Estudos em humanos

 

A Dietanolamina é absorvida pela pele após aplicação de cosméticos, no entanto, apenas uma pequeníssima percentagem dessa atinge a corrente sanguínea [21] [22] [29] [30] [31].

 

A maior parte da quantidade que atravessa a pela fica retida nas várias camadas desta, indicando que por esta via não ocorrerá absorção sistémica [22] [29]. Se a aplicação for inferior a 5 minutos, como é o caso dos champôs, níveis mais elevados do composto são detetados no estrato córneo; caso a aplicação seja mais prolongada, como é o caso de loções corporais, são detetadas quantidades mais elevadas na derme e nas camadas mais profundas da epiderme [21] [22] [29].

 

Uma vez que a aplicação de cosméticos é repetida no tempo realizou-se um teste com a duração de três dias, obtendo-se resultados curiosos [22] [29]. Ao 4º dia os níveis cutâneos de DEA estavam mais elevados, porém, os níveis sanguíneos permaneceram inalterados, o que vem corroborar a conclusão de que a DEA contida na pele não é absorvida e não sofre distribuição sistémica [22] [29].

Apesar dos estudos já desenvolvidos, o mecanismo de bioacumulação na pele continua por decifrar, passando possivelmente por uma incorporação nos fosfolípidos  [4] [21] [22] [29].

 

Cruzando estes dados, não podemos inferir, à partida, que a dietanolamina constitua um perigo muito grande para os humanos, quando comparado com ratos, uma vez que a percentagem de absorção através da pele é muito menor, e as doses utilizadas nos estudos em animais são doses não atingíveis na maioria das vias de exposição do Homem à DEA [4] [21] [31] [32].

[4] https://ntp.niehs.nih.gov/ntp/newhomeroc/roc11/deapub_no_appendices_508.pdf (Consultado em 20-05-2016)

[21] http://monographs.iarc.fr/ENG/Monographs/vol101/mono101-004.pdf (Consultado em 20-05-2016)

[22]http://www.anmat.gov.ar/webanmat/mercosur/ACTA01-12/GAH_COSMETICOS/UNI7CIR_4_11_01_12.pdf (Consultado em 20-05-2016)

[29] Kraeling, M. E. K., Yourick, J. J., & Bronaugh, R. L. (2004). In vitro human skin penetration of diethanolamine. Food and chemical toxicology. 42(10), 1553-1561.

[30] Brain, K. R., Walters, K. A., Green, D. M., Brain, S., Loretz, L. J., Sharma, R. K., & Dressler, W. E. (2005). Percutaneous penetration of diethanolamine through human skin in vitro: Application from cosmetic vehicles. Food and chemical toxicology. 43(5), 681-690.

[31] Craciunescu, C. N., Niculescu, M. D., Guo, Z., Johnson, A. R., Fischer, L., & Zeisel, S. H. (2009). Dose response effects of dermally applied diethanolamine on neurogenesis in fetal mouse hippocampus and potential exposure of humans. Toxicological sciences. 107(1), 220-226.

[32] Kirman, C. R., Hughes, B., Becker, R. A., & Hays, S. M. (2016). Derivation of a No-significant-risk-level (NSRL) for dermal exposures to diethanolamine. Regulatory Toxicology and Pharmacology. 76, 137-151.

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